segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bento XVI renuncia o posto de sumo Pontífice




Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, renunciou o  Papado (cargo máximo da igreja Católica) nesta segunda-feira (11/02) aos 85 anos. O motivo da renuncia teria sido a idade avançada. Joseph assumiu o posto de sumo Pontífice em Abril de 2005, após a morte de João Paulo II. Ele é o 4° Papa a renunciar o cargo.

Durante os quase 8 anos como Papa, Bento XVI foi alvo de polêmicas e participou de grandes acontecimento. Veja a matéria publicada no site UOL sobre a trajetória de Joseph como Papa.

O cardeal Joseph Ratzinger tornou-se o papa Bento XVI em abril de 2005, ao ser eleito pelos cardeais em Roma. Nascido em 1927, de uma família humilde, Ratzinger foi ordenado padre em 1951, seis anos após desertar do Exército alemão, no fim da Segunda Guerra. Ao longo de sua vida, ensinou em várias faculdades e universidades e tem nos livros uma de suas grandes paixões - a música é outra e o pontífice é considerado um competente pianista, amante de Mozart.

Apontado como um conservador e guardião da doutrina da Igreja Católica, Ratzinger havia sido Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé entre 1981 e 2005 e tinha entre suas funções defender pontos da tradição que pudessem estar em perigo. Também estava no escopo da Congregação lidar com denúncias de abusos sexuais cometidos por religiosos.
O escândalo de abusos sexuais foi, certamente, um dos principais desafios enfrentados por Bento XVI. Como lembra a rede BBC em seu site, o auge do escândalo foi entre 2009 e 2010 e esse tema deve ser um dos mais lembrados de seu papado.

Houve denúncias de que autoridades religiosas demoravam a agir em casos do tipo, ou até seriam lenientes, o que foi rechaçado por lideranças católicas. O papa admitiu em discurso, porém, que existia o pecado dentro da própria Igreja Católica. Ele emitiu um inédito pedido de desculpas às vítimas e ressaltou aos bispos que devem reportar esses casos. Os críticos dizem que ele fez pouco para combater abusos dos padres, porém seus partidários garantem que nenhum papa fez mais para combater o problema.

Em novembro de 2005, o papa deixou claro em discurso que não é permitida a entrada de homossexuais em seminários. Em outra declaração que gerou polêmica, citou em 2006 um texto antigo em que o profeta Maomé era apontado como causador de "mal e desumanidade". A citação do trecho crítico ao profeta muçulmano foi o suficiente para gerar uma onda de protestos no mundo árabe. O papa teve de voltar ao tema dias depois, dizendo que não tinha intenção de insultar o Islã. Em novembro de 2006, o papa realizou uma visita histórica à Turquia, quando estendeu a mão para lideranças muçulmanas, para que fosse buscado em conjunto "um caminho para a paz".

O pontífice visitou o Brasil, em maio de 2007. O jornal espanhol "El País" lembra que, no avião, Bento XVI ameaçou excomungar os políticos que defendem o aborto.

Em 2012, o papa fez outra viagem importante, quando foi a Cuba e realizou uma missão para dezenas milhares de pessoas na ilha comunista. Em seguida, foi recebido por Fidel Castro, na primeira visita de um papa a Havana em 14 anos.

Em junho de 2012, o mordomo do Vaticano foi detido, acusado de roubar correspondência secreta do papa. Paolo Gabriele foi considerado culpado e condenado a 18 anos de prisão, em 10 de novembro. Depois disso, a Igreja afirmou que o caso, apelidado de "Vatileaks", estava encerrado, porém ele mostrou a existência de uma luta interna pelo poder entre religiosos. Em outro escândalo do ano passado, a polícia descobriu que um mafioso havia sido enterrado na Basílica de Santo Apolinário e, segundo denúncias, o criminoso teria dado uma quantia vultosa à Igreja para ficar no local sagrado.

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